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Amizade VII


O amigo é uma benção que nos cabe cultivar no clima da gratidão.
Quem diz que ama e não procura compreender e nem auxiliar, nem amparar e nem servir, não saiu de si mesmo ao encontro do amor em alguém.
A amizade verdadeira não é cega, mas se enxerga defeitos nos corações amigos, sabe amá-los e entendê-los mesmo assim.
A ventura real da amizade é o bem dos entes queridos.
Em qualquer dificuldade com as relações afetivas, é preciso lembrar que toda criatura humana é um ser inteligente em transformação incessante, e, por vezes, a mudança das pessoas que amamos não se verifica na direção de nossas próprias escolhas.
Se Jesus nos recomendou amar os inimigos, imaginemos com que imenso amor nos compete amar aqueles que nos oferecem o coração.
Quanto mais amizade você der, mais amizade receberá.
O que é que faz com que uma amizade solidifique e se torne profunda? Falando das suas experiências, alguns afirmam que foram momentos de grande dor que fizeram com que eles descobrissem e firmassem uma sólida amizade.
A chave, portanto, seria passar por um grave problema juntos. Outros, contudo, falam de coisas pequenas que se somam no tempo acrescentando, a cada ano, mais uma pedra preciosa ao relacionamento. Harry e Lawrence pertencem a esse último grupo. São primos em primeiro grau.
Nasceram com a diferença de seis meses e separados apenas por poucas quadras. Desde a mais tenra idade, conviveram. Descobriram que eram muito parecidos. Falavam, gostavam e pensavam de forma muito semelhante. Quando ambos tinham em torno de 05 anos, Lawrence foi para a festa de aniversário do primo.
Era mais uma grande reunião de família, onde se misturavam primos, tias, sobrinhos. Harry ganhou de um dos convidados uma maravilhosa coleção de soldadinhos de chumbo, pintados com cores vivas e aos olhos da criançada pareciam reais.
O aniversariante os pegou e mostrou a todos com orgulho. Brincaram até tarde. Na hora da saída, Lawrence enfiou todos os soldadinhos no bolso da calça.
Eram tão lindos que ele os desejou para si. Fingindo naturalidade, foi saindo de fininho, encaminhando-se para a porta. O que ele não sabia é que o bolso da calça estava furado e os soldadinhos caíram com estardalhaço no chão.
Os adultos se viraram todos para o pequeno, com olhos acusadores. Sua mãe lhe desferiu aquele olhar de: o que você fez? O garoto se sentiu acuado. Tinha vontade de sair correndo, fugir, mas as pernas lhe pesavam. Pareciam pregadas ao chão.
Foi o pior momento de sua vida - lembra Lawrence - hoje com mais de setenta anos. Então, o primo Harry veio em seu socorro. Colocou-se ao lado dele e com segurança falou em voz alta e clara:
- Eu dei os soldadinhos para ele.
Recordando aqueles momentos, o escritor que viaja pelo mundo todo, pergunta:
- De que outro motivo preciso para amar esse sujeito?
E são amigos até hoje. Mesmo que, crescidos, tenham seguido caminhos diferentes, prosseguiram a cultivar esse sentimento maravilhoso que nos faz florescer e que se chama:
Amizade.

Autoria desconhecida 

Não estamos violando nenhum direito autoral ao publicar esta reflexão, ao contrário, procuramos o(a) autor(a) para lhe dar os devidos créditos

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