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Você pode fazer qualquer coisa


Você não vai aprender a ser forte, paciente e corajoso se apenas lhe acontecerem coisas maravilhosas. 

Mary Tyler Moore 

Há muitos anos, meu pai recebeu o diagnóstico de uma doença cardíaca terminal. Ele se aposentou por incapacidade permanente e não podia ter um emprego fixo. Ficou bem por um período, mas de repente teve um problema e precisou ser hospitalizado.
Como queria fazer alguma coisa para se manter ocupado, ele resolveu trabalhar como voluntário no hospital infantil local.
Papai adorava crianças. Era a ocupação perfeita para ele. Acabou trabalhando no setor onde estavam crianças em estado crítico e terminal.
Conversava e brincava com elas e faziam trabalhos manuais e artesanato.
Às vezes, uma das crianças não resistia. Para confortar os familiares, papai lhes dizia que em breve estaria com seus filhos no Céu e cuidaria deles até sua chegada.
As atitudes de meu pai pareciam ajudar as famílias a superar o sofrimento.
Certa vez, uma menina de oito ou nove anos foi internada com uma doença rara que a paralisara do pescoço para baixo.
Ela não podia fazer nada, estava muito deprimida.
Meu pai decidiu tentar ajudá-la.
Começou a visitá-la no quarto, levando tintas, pincéis e papel.
Ele arrumava o papel num apoio, punha o pincel na boca e começava a pintar.
Ele não usava as mãos de forma alguma. Somente a cabeça se mexia.
Ele a visitava sempre que podia e pintava para ela.
Durante todo o tempo dizia:
- Olhe, você pode fazer qualquer coisa que sua mente quiser.
A menina começou então a pintar usando a boca, e ela e meu pai se tornaram amigos.
Logo depois, a garotinha saiu do hospital porque os médicos acharam que nada mais poderiam fazer por ela.
Meu pai também deixou um pouco o voluntariado porque ficou doente.
Algum tempo depois, ele se recuperou e voltou ao hospital para trabalhar no balcão de atendimento que ficava no hall de entrada.
Um dia... as portas da frente se abriram. A menininha que estivera paralisada entrou, mas dessa vez, andando. Foi até o meu pai e o abraçou bem forte.
Ela lhe deu um desenho que fizera usando as mãos.
Na parte de baixo estava escrito:
- Muito obrigada por me ajudar a andar.
Papai chorava sempre que nos contava essa história - e nós também.
Ele dizia que, às vezes, o amor tem mais poder do que os médicos.
Meu pai - que morreu apenas alguns meses depois que a menina lhe deu o desenho - amava cada criança daquele hospital.

Tina Karratti

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