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A beleza nos olhos de quem vê


Há uma ocupação muito significativa entre os meninos de rua na Índia. Eles apanham terra num certo lugar e têm uma maneira de procurar nessa terra algum metal, como por exemplo, o ouro ou a prata, e durante todo o dia as suas mãos estão enterradas na poeira. Mas procurando o quê? Procurando ouro e prata.
Quando neste mundo de imperfeição, procuramos por tudo o que é bom e belo, há muitas oportunidades de desapontamento.
Porém, ao mesmo tempo, se continuarmos procurando por isso, não olhando para a poeira mas procurando pelo ouro, nós o encontraremos. E, uma vez que começarmos a encontrá-lo, deveremos encontrar cada vez mais. Chega uma ocasião na vida de um homem em que ele pode ver algum bem no pior homem do mundo. E quando ele atingir esse ponto, embora o bem esteja coberto com mil envoltórios, ele porá a mão no que é bom, pois ele procura pelo bem e atrai o que é bom.
Não há nada com o que se surpreender se uma pessoa chega num estágio em que diz: "Eu amo tudo o que vejo neste mundo, não obstante todas as dores e lutas e dificuldades; tudo vale a pena."
Porém, outra pessoa diz: "É tudo miserável, a vida é feia; não há um pingo sequer de beleza no mundo." Cada uma delas está certa do seu ponto de vista.
As duas são sinceras. Mas diferem porque olham para o mundo de maneiras diferente. Cada uma dessas pessoas tem a sua razão para aprovar a vida ou desaprová-la.
Só que uma delas beneficia si mesma pela visão da beleza enquanto que a outra perde por não apreciá-la, por não ver nela a beleza. 

Hazrat Inayat Khan

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