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A um amigo


O amigo é aquele que acende o pavio e fica por perto, para lhe ajudar a recolher os destroços.
Somente quando você se fizer em mil pedaços, começará a conhecer todos os cantos escuros, os porões, as esquinas perigosas...
Amigo não é aquele que está sempre ao seu lado, é o que sabe a hora exata de ir embora.
Amigo não é o que chora com você, é o que lhe recorda os motivos que você tem para sorrir.
O amigo não se compadece da sua dor, ajuda-o a crescer com ela.
Amigo não é o que lhe chama de herói, mas o que respeita sua fragilidade;
Não é aquele que ouve o que você disse, mas o que entende o que você não disse.
O amigo não está perto, acompanha;
Não indica o caminho, ampara o seu caminhar;
Não lhe ensina a música, canta com você;
Não o aprisiona, liberta;
Não ofusca a sua luz, brilha em você.
É aquele que lhe faz rir, com o mesmo motivo que o fez chorar;
É aquele que lhe tira do chão e o chama para o alto, refletindo como um espelho, o seu próprio brilho, para iluminar sua subida.
É aquele que vela pelas suas mortes e celebra todos os seus renascimentos.
Quantos amigos conquistamos durante nossa trajetória na vida? Poucos... Muito poucos... Mas, quantas pessoas puderam nos chamar de amigo? Poucas, muito poucas... Exigimos tanto, e oferecemos tão pouco.
Nos acreditamos merecedores de todo amor do mundo, mas não nos sentimos responsáveis pelo amor que o mundo solicita. Somos seres egoístas, arrogantes e profundamente solitários, que dividem a solidão e a necessidade de compartilhar a vida, com o travesseiro, a mesa do escritório, o banco de um carro bonito, equipado e vazio, uma sala de bate papo na Internet...
Precisamos compartilhar a vida, contar as histórias do dia, descrever os sonhos estranhos, sentir que não estamos sozinhos... Mas como é difícil reconhecer nossa profunda necessidade de sermos acolhidos.
Como é difícil, abrir um espaço no nosso mundo, para dar espaço ao mundo do outro; como é difícil, ceder um tempo do nosso tempo, para oferecer ao outro... Sem cobranças ou exigências.
Somos amigos quando nos é conveniente, falamos de amor, quando existe risco de perdermos o amor; percebemos a beleza da vida, quando alguma coisa a coloca em risco... Somos prisioneiros das regras que criamos para transformar a vida em uma viagem confortável e conveniente.
Só quando nos oferecermos à vida e ao outro, sem esperar nada em troca, além da deliciosa sensação de participar da generosidade do Universo, estaremos livres do fardo da solidão.

Autoria desconhecida


Não estamos violando nenhum direito autoral ao publicar esta reflexão, ao contrário, procuramos o(a) autor(a) para lhe dar os devidos créditos

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